Raimo Benedetti videoartista

Raimo Benedetti
Instituto Tomie Ohtake

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O curso Vídeo Experimental existe há 10 anos e se dedica a refletir e explorar a imagem em movimento de modo a potencializar no participante sua percepção criativa voltada para a produção de uma obra coletiva. As aulas se estruturam através da análise e visualização de filmes experimentais – vale dizer, obras que não se apoiam na estrutura narrativa e documental dominante que se estabeleceu no cinema a partir dos anos 1910. A filmografia experimental na verdade é bastante rica por ser grande e variada e que se desdobra em escolas, períodos ou eixo transversais tais como o early cinema, o cinema avant-garde, tendo representação em formas abstratas, surreais, concretas, plásticas, entre outros. O experimentalismo também pode ser encontrado fartamente em gêneros que se mesclam com a música a se destacar a sinfornia e o videoclip. O conjunto desses trabalhos revela as transformações da lingugem visual e que existem muitos tipos de filmes possíveis – uma terra onde tudo é viável, desde que tratado com verdade. Esse é o espírito que deve rondar também as práticas criativas que correm paralelamente com ao curso. 

inscrições: www.institutotomieohtake.com.br

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As filmagens realizadas no curso acontecem a partir de exercícios visuais podendo ser coletivos ou individuais, onde se trabalha com técnicas de stop-motion, pixelação, improviso ou performance. As imagens captadas são editadas à luz da trakitana, um mecanismo de manipulação de imagens criado dentro do contexto do video analógico do final dos anos 90. Desse modo, em sala de aula são criadas obras de videoarte, videoinstalação ou sessão de live images.

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Grupo 51 _ Instituto Tomie Ohtake _ Foto: Mauricio Yoneya

Artistas de Referência

Émile Reynaud , Edward Muybridge, Marey, Mèliés, Man Ray, Hans Richter, Walter Ruttman, Dziga Vertov, Len Lye, Norman MacLaren, Harry Smith, Bill Viola.

 

Obras de Referência

A Grande Arte da Luz e Sombra – Laurent Manoni

Pré-Cinemas e Pós-Cinemas – Arlindo Machado

O Primeiro Cinema – Laura Cesarino Costa

DoYouTube

Difícil imaginar uma mídia que tenha passado por tantas transformações nos últimos 10 anos quanto o vídeo. Do mesmo modo que se popularizou e passou a figurar na vida do cidadão urbano, o suporte em vídeo reduziu de tamanho e custo ao passo que aumentou em qualidade e mobilidade Hoje em dia somos tomados por imagens videográficas por todo o tempo criando um enorme acervo contemporâneo que cresce geometricamente ocupando as bandas largas da internet, os discos duros de nossos computadores ou este estranho espaço imaterial (será?) da chamada núvem.

Com a criação do Youtube em abril de 2005 e a popularização do sistema de internet rápida para upload e donwload de imagens em movimento a videoesfera se transforma em uma paisagem essencial de comunicação na sociedade globalizada. A difusão pelas redes sociais endossou seu poder, sendo que atualmente uma câmera de vídeo em um telefone móvel pode a ser utilizada para defender as causas minoritárias ao mesmo tempo que serve ao gigante da comunicação.

Esse intrigante panorama que se desenvolve entorno do vídeo como ferramenta tecnológica de ampla utilização também abriu a possibilidade para novos formatos expressivos. O tradicional formato de ficção/documentário que se alterna há quase um século de existência não assimila as demandas que os novos sistemas de difusão a captação oferecem. Nesse sentido, as práticas do chamado cinema experimental ou vídeo experimental, por terem na sua essência a busca de uma linguagem original passa a ser um importante campo de estudo para apontamentos na busca da expressividade contemporânea. O cinema experimental, que nasce junto ao cinema, vem desde sempre a margem de um modelo majoritário criando distintas possibilidades de narrativas e abordagens. Estudar história é também olhar para o presente pois como disse o arquiteto catalão Antoni Gaudi “ ser original é voltar às origens”.[vimeo 54136897 w=950&h=534]

Raimo Benedetti é videoartista, cursou Cinema e Vídeo na Escola e Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Trabalha com vídeo desde os anos 1990 e atua como professor, produtor e montador de filmes cinematográficos. Foi bolsista do centro de arte contemporêna Arteleku, Espanha. Foi indicado ao Prêmio Sérgio Motta em 2009 e contemplado pelo projeto Rumos Audiovisual de 2010 do Instituto Itaú Cultural. É professor do curso Vídeo Experimental que criou e ministra desde 2000 passando por instituições artísticas como Museu de Arte Moderna de São Paulo, Fundació La Caixa,Universidade de São Paulo, Museu de Imagem e Som e festivais como ERTZ, Cube, Motomix,  SPA, dentre muitos outros (lista complea abaixo). Como videocenarista trabalhou em montagens de ópera, concertos de música erudita e experimental. Se apresentou em 2002 no Red Bull Live Images, primeiro evento dedicado ao vijing no Brasil e na primeira edição do ON-OFF o mais destacado evento de live images do país. Por 3 anos se apresentou no FILE (Festival de Linguagem Eletrônica) nas edições 2003/2004/2005. Como montador de filmes, ganhou o kikito de melhor montagem para curta-metragem no Festival de Gramado de 2002 e atuou na área de ficção, documentário e publicidade a se destacar por Filhos do Carnaval (HBO), sob direção de Cao Hamburger e Cidades dos Homens (Rede Globo), de Roberto Moreira. Com frequência trabalha na produtora O2 Filmes montando campanhas para Fernando Meirelles (campanha Rio 2014) Nando Olival, e Cesar Charlone.cropped-raimo-benedetti.jpg

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